Tópico nº 22 - Ora-pro-nobis

>> 20 de abril de 2009

Introdução

"The world is changed. I feel it in the water. I feel it in the

earth. I smell it in the air. Muchthat once was... is lost."

Essas são as primeiras palavras proferidas no filme Lord of the

Rings: The Fellowship of the Ring. Galadriel explica o que se

passa no mundo dela.

Parte X
"O Mundo está mudado. Eu sinto na água, eu sinto na terra. Eu

sinto no ar. Muito do que uma vez foi... está perdido."

 

Um sentimento de desagregação e desamparo tão terrível. De que

não há nada mais para amanhã além do teatro do qual participo.

Das caras e bocas as quais eu me visto. Das personagens que eu represento, não há nada meu.

As pessoas mudaram, eu mudei também. Mais rígido. Menos

sucetível à defesa, mais para o ataque, um ataque mais forte,

desproporcional e concentrado.

Eu queria ver tudo sempre laranja, mas eu só vejo o vermelho.

Vejo com nostalgia como todos os meus monumentos foram caindo,

despencando, desmanchando, não sabia que eu apenas erguera

castelos de areia.

Aí eu perdi o prazer em monta-los, eles sempre caem, cada

momento de dedicação... em vão. Eles sempre caem. Não sobrou nenhum.



Parte Y

Gostaria de ter um vício. Um qualquer, que me degenerasse. Como

as pessoas "normais" se degeneram por aí. Preenchendo o próprio

vazio e incertezas delas com a turvação, alucinações, e idéias

absurdas de felicidade eterna em uma noite de sábado onde todo

mundo quer fuder todo mundo (literalmente e metaforicamente).

Se eu tivesse um vício, eu poderia ser mais fútil. E querer as

coisas imediatas. Me dá mais, mais... mais! Nunca estaria

satisfeito.

Sou apenas um bom erro de percurso na vida de muita gente. Um bom, mas ainda assim, erro. Não o "acerto".

"Estou perdendo o meu juízo" - Pensei, desesperado, hoje, enquanto... pensava.

"Estou farto disto" - Pensei, enquanto pensava que

pensava que perdia o juízo.

"Chega"

Parte Z

A única certeza que tenho hoje, é a que me deixa mais feliz. Um

dia tudo isso acaba!

A morte.

Uma "boa morte" deveria ser uma meta. Mas não, nos recusamos a

morrer, para vivermos impelidos aqui e ali. Eu não me recuso a morrer. Eu gosto da idéia. Simpatizo com a causa, todo dia.

Não simpatizo com essa vida.












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