Tópico nº 11 - Reflexões de domingo

>> 25 de janeiro de 2009

9:58 da manhã...

Redemoínho da Ausência
[Sinto fome, mas não tenho vontade de comer... queria outra coisa, não sei o que era, aí escrevi.]


Não sei o que eu procuro. Não sei onde procurar.
Não sei onde perdi... não sei se vou achar...
Não sei o cheiro, a forma, o peso, a nuance...
Sei que busco... nunca agarro, sempre foje de mim...
Quando acredito ter encontrado, era só um vulto, claro!

Pois não sei o que eu procuro. É um enigma¹.
Não sei o que encontrar, procurar, especular.
Só sinto a falta... um vazio.

É como se
"tivessem levado a pérola...
e deixado a conha vazia de mim"²

Quisera fosse tão simples, nem sei em que praia perdi.
Se me virem caminhando pela rua,
saibam que eu não sigo um padrão.
Eu só procuro... a ausência me mantém o pé no chão.

As vezes caio na penumbra, fica difícil de se levantar.
Mas quando em pé, já retorno...

A procurar... e procurar...

Não tem saída mesmo...
ou vivo procurando, na esperança de achar,
aquilo que não sei o nome, mas eu perdi.

Ou desisto e não vivo, temendo constatar que a vida era isso,
e por fraqueza, eu não vivi.


Notações:
¹-
O enigma acerca do sentido da vida (ao menos da minha).
²-
De Fiona Apple em Sullen Girl

2 comentários:

Marco Whynox 25 de janeiro de 2009 às 10:16  

Quero que Lacan se foda.

Malk 29 de janeiro de 2009 às 19:06  

Estranho pensar que sentem como eu.
Estranho não me sentir uma sozinha.
Vc sempre foi estranho e ainda é.
Mas se isso não for mais uma de suas pesquisas/estudos antropologicos/psicologicos vc parece até ... humano.
Essa ideia me conforta.

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